EVENTOS / 23.05.2022
Arprom lança livro para marcar mais de meio século de trabalho
Para marcar mais de meio século de trabalho ininterrupto, chegou ao mercado nesta segunda-feira o livro “Arprom, uma escola de vida”. São 190 páginas de histórias de embriões de empregos e de vitórias que nasceram da filosofia de que é preciso tirar meninos pobres das ruas para lhes dar oportunidade de trabalho e de vida melhor.
E assim foi. Ao longo de 54 anos, mais de 40 mil jovens passaram pela entidade sempre localizada no centro de Rio Preto, primeiro como aprendizes e estagiários, até se firmarem no mercado de trabalho. Muitos viraram empresários bem-sucedidos, promotor de Justiça, políticos com mandatos eletivos, cidadãos vitoriosos.
“Há muitas histórias surpreendentes nos 54 anos de história da Arprom. Descobrimos pessoas de uma força grandiosa, visionárias, altruístas, muitas delas desbotadas pela nossa memória imperfeita. A surpresa e o encantamento foram constantes durante a pesquisa para a elaboração do livro”, diz a autora, a publicitária e escritora Lucimar Canteiro.
Entre outros saborosos relatos, ela traz um especial, da visita do então jovem Pelé à recém-fundada entidade, no final dos anos 1960, quando veio a Rio Preto jogar pelo Santos. O rei do futebol ficou tão encantado com o trabalho social, que dispensou a concentração da véspera do jogo contra o América para passar horas com os meninos.
Outro episódio marcante é a morte de cabo Adelcio, instrutor dos garotos e diretor da entidade, cujo assassinato, num dia de pagamento, até hoje não foi desvendado pela polícia.
Para o vice-presidente Paulo Humberto Borges, diretor desde os anos 1970, a Arprom nasceu com a filosofia de que é preciso dar oportunidade aos jovens, e ainda hoje mantem esse objetivo. “É o trabalho de formiguinha que dá resultado”.
“Em tempos de crise de desemprego, com mais de 13 milhões de pessoas sem trabalho no país, falar de uma entidade que já colocou mais de 40 mil jovens no mercado de trabalho soa como um oásis no deserto”, diz o editor do livro, Edmilson Zanetti, da Editora Ponto Z.
O livro era um sonho de José Vitta Medina, que nos últimos anos presidiu a Arprom. Ele morreu no decorrer da gestação do trabalho que tanto queria ver publicado. “No fundo, é uma homenagem ao eterno presidente Medina”, diz o atual presidente, Waldemar Brentan.
O prefácio é do empresário Waldemar Verdi Junior, presidente da Rodobens, uma das históricas empresas parceiras que abrigam meninos e meninas da entidade que já gerou para a maior empresa da cidade profissionais que viraram diretores.
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