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EVENTOS / 21.06.2017

Dr. Durval de Noronha Goyos Júnior realiza noite de autógrafos


“Shanghai Lilly é uma obra da mais absoluta ficção. Todos os personagens são criações exclusivamente imaginárias de natureza artística pelo Autor (…)”.

Assim começa primeiro romance escrito por um dos mais destacados advogados brasileiros e presidente da UBE – União Brasileira de Escritores, Durval de Noronha Goyos Júnior, que assina a obra sob o heterônimo de António Paixão. O título do livro, Shanghai Lilly, foi inspirado no nome da bela cortesã Shanghai Lily personagem de Marlene Dietrich no filme O expresso de Xangai de 1932. Na quinta-feira, dia 22 de junho, às 19h30 está marcada uma noite de autógrafos no lounge da Starbucks no Riopreto Shopping.

Formado pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, com pós-graduação no Hastings College of Law da Universidade da Califórnia, o autor, que já publicou 58 volumes em direito internacional, lexicografia, história e economia, agora se aventura pela narrativa da vida nada ortodoxa de Vivian Salomon.

O profissional foi responsável pela abertura do primeiro escritório jurídico de origem latina a receber permissão do governo chinês para se estabelecer na cidade de Xangai em 2001. Um dos poucos autores brasileiros publicados em Mandarim, suas obras são traduzidas e adotadas em escolas e universidades de todo o mundo e seu Dicionário de Anglicismos recebeu do renomado crítico Wilson Martins o seguinte elogio: “A inevitável contaminação da língua portuguesa por anglicismos é mapeada num irônico dicionário que lembra Flaubert”.

O livro é um desafio literário pois o autor escreve como uma mulher

Nascida em 1974, Vivian é uma executiva financeira de sucesso que contrata um jornalista falido para registrar sua trajetória em livro. O contratado, António Paixão, é para ela, “um velhote neurastênico, feio de doer e ainda comunista de carteirinha”. A personagem conta que rapidamente descobriu sua paixão pela escrita mas, sem paciência para o trabalhão que dá escrever, preferiu “ter alguém que fizesse o trabalho sujo para mim, enquanto eu me dedicava aos pontos mais nobres e elevados do ofício de escrever, como trazer a inspiração e contar a história”. E adverte as leitoras que todas as feiuras constantes na obra são de exclusiva responsabilidade do jornalista, informando, por outro lado, que os acertos, o estilo elegante e as demais belezuras da obra são seu inteiro e exclusivo mérito.

Noronha usa a persona de Paixão para contar as glórias e desventuras da heroína em primeira pessoa, e quando descreve os embates entre a protagonista e o autor, revela a sua própria dualidade na elaboração do texto. Vivian conta que o jornalista insistiu em colocar “muitas baboseiras referentes à história, ‘para contextualizar a narrativa’, dizia ele, como se minha experiência não fosse suficiente para apimentar qualquer prato. Ele também insistiu em citações literárias diversas, quase todas sem sentido nenhum e que, em minha opinião, até mesmo atrapalham a compreensão da minha vida”.

É assim que se entrelaçam, na narrativa, o vasto conhecimento acadêmico e as muitas viagens feitas pelo advogado, juntamente com as cenas descritas pela personagem que prefere usar um linguajar mais descontraído acessível, com gírias e até emoticons.

Sem cerimônia, ela dedica o livro a si mesma e explica que a recomendação de escrever a história da sua vida veio do seu psiquiatra. Ele assegurou que suas experiências, embates, sofrimentos, espírito de luta e caráter poderiam servir de inspiração a outras mulheres exploradas pelos homens de dentro e de fora das respectivas famílias.

“Creio também que minhas receitas de superação dos problemas sejam válidas e, principalmente, eficazes. Por último, serão admiradas as minhas muitas qualidades pessoais, como a beleza, a esperteza, a argúcia, a doçura, a candura, a honestidade moral, a fidelidade, a pureza de pensamentos, o sentido de justiça, a sinceridade, sem falar na modéstia.”

Durval Noronha descreve a obra como um exercício criativo. “Sou muito conhecido pelas minhas obras técnicas, acadêmicas e, até agora, eu só havia escrito ficção em contos e pequenas histórias. Shanghai Lilly é minha primeira obra literária, fora de minha zona de conforto, adicionando-se aí o desafio de escrever como um personagem feminino”.

Ficha técnica:

António Paixão
Shanghai Lilly
Chiado Editora
1a Edição – Fevereiro de 2017
332 páginas

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